terça-feira, 31 de julho de 2007

AO MENINO DO CASSINO


"Mesmo com a timidez do sol, percebi sua presença, pois não sentia frio de bermudas azuis naquela tarde nublada. Minha câmera era apenas uma extensão de meus olhos, que insistiam em buscar um fim no que não tem. Imenso mar que me enche de paz e dúvidas. Azul infinito que também torna-se verde, por natureza ou vaidade. Viro a câmera em direção ao meu rosto. Fotografo. Não faço um, mas vários registros e impressões que me ajudam a buscar quem eu sou. O problema é que acordei. Acordei e esqueci a cor do mar daquela tarde. Por isso volto à praia todos os dias. Um dia eu me encontro e me apaixono."

segunda-feira, 23 de julho de 2007

QUERER NEM SEMPRE É PODER

Queria viver na lua, mas acordo em terra firme e não me frustro. Queria acordar sorrindo, mas vejo olheiras com as quais já me habituei. Queria ouvir aquela música, mas minha memória é falha e meu computador não é mais o mesmo. Nem por isso desanimo, nem por isso me deprimo, só às vezes. E "às vezes" tem muito valor. Pois tem dias em que amo pisar na grama. Tem outros em que é inevitável soltar gargalhadas às 9 da manhã. E alguns em que até as músicas que não queria eu lembro. Alguns astrólogos tem lá suas razões pra definir os nascidos em libra. Concordo com a simbologia, com a sentimentalidade e coisa e tal. Só não consigo encontrar o tão falado equilíbrio... Vai ver que é assim que é para ser. E que assim seja.