terça-feira, 31 de julho de 2007

AO MENINO DO CASSINO


"Mesmo com a timidez do sol, percebi sua presença, pois não sentia frio de bermudas azuis naquela tarde nublada. Minha câmera era apenas uma extensão de meus olhos, que insistiam em buscar um fim no que não tem. Imenso mar que me enche de paz e dúvidas. Azul infinito que também torna-se verde, por natureza ou vaidade. Viro a câmera em direção ao meu rosto. Fotografo. Não faço um, mas vários registros e impressões que me ajudam a buscar quem eu sou. O problema é que acordei. Acordei e esqueci a cor do mar daquela tarde. Por isso volto à praia todos os dias. Um dia eu me encontro e me apaixono."

3 comentários:

Thaise de Moraes disse...

Quem foi perdido? será que não pode ser encontrado?
bjo
ps: não visitas mais o meu blog :P

Anônimo disse...

Bela linha de construção... gosto de foco cíclico: primeiro o sol, a paisagem, depois teu olho e a câmera, enfim tu e só tu, depois vcs, tu e a praia!
Melancólico e saudoso... introspecção necessária nos dias de hj!
Abraço!

Andréia Pires disse...

ai, a praia... que saudade de ti! bjo.