quinta-feira, 25 de maio de 2006

O mundo nunca me assustou tanto como hoje.
As pessoas. As coisas.
Os olhares que surgem de repente em uma esquina qualquer.
Sinto-me sufocado, perseguido, intimidado com tantas observações.
Estou “cabreiro” com a vida. Estou de “saco cheio”...
Ao mesmo tempo, o que seria de mim como ser único no universo?
Será que as esquinas teriam a mesma graça sem surpresas?
Será que eu me olharia no espelho sabendo que ninguém mais do que eu saberia como eu sou?
Perguntas. Respostas.
Sorte minha que não passa de um devaneio.
A cada dia nascem milhares de pessoas, e, com elas, milhares de novos olhares que surpreendem a cada esquina.

Marcelo, madrugada de 24/05/2006.

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Existem seres sonoros. Seres visuais. Seres gráficos. Seres poetas.
Cada qual com sua idiossincrasia.
Cada qual com sua peculiaridade.
Cada qual com sua importância no mundo.
Dos sonoros encontro uma lista de inúmeros, bem como dos visuais, gráficos e poetas.
Eu classifico-me no último.
Porém, existem seres especiais que têm agregadas duas ou mais qualidades.
Desses, recordo de um, em particular.
Pessoa agradável, tolerante, insistente quanto ao que acredita ser a verdade.
Incomum.
Falo de um ser que transforma arte em ARTE,
que cria sobre a criação,
que profetiza suas crenças por meio de imagens,
que enxerga o mundo com as mãos.
Ser que tem nome. Sobrenome. Endereço.
Esse ser é meu amigo.
Nada de linhas - retas ou tortas
Nem Arial 12, Swiss 14, Brilho/Contraste...
Por trás da mão que domina o mouse
Existe um verdadeiro poeta visual.
Sentirei falta desse taurino.
Sentirei falta das suas criações.
Sentirei sua falta, Gui.

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Um sonho, uma dança

Dormi e acordei pensando em ti
Sonhei contigo...
Pela manhã, uma expressão de felicidade vislumbrou-me ao espelho.
Confesso, espantado fiquei
Te tenho no presente, sem passado ou futuro
Medo...
Medos meus, medos teus
Ansiedade que te consome em dúvidas

e a mim também
Ansiedade de vida,
da experimentação primeira...
Pensamentos que se tocam e se afastam
Uma dança, bem dizer
Confesso, nunca me senti tão bom dançarino...
Perdi o medo.
Perca também.
Não se pode dançar sozinho...