segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

ADEUS ANO VELHO

A falta da caneta me fez invadir o quarto alheio.
Um pedaço de vento balança a folha da árvore em frente à sacada.
Estou só, literalmente solitário. De corpo e alma.
Três cigarros em menos de meia hora. Cinco sentenças até agora.
Em pensamento, pinto os olhos de luto.
Penso num passado próximo, distante de se tornar futuro.
Penso nas dores que causei, e nas que me ocorreram.
Ouço Cidadão Quem, sons que me transmitem a Itapema.
O celular não toca, nem deveria.
Ganhei castanholas e ainda não decifrei suas notas.
Água! Água de beber, como diria Tom...
35º que estouraram minha fonte materializadora de criatividades.
Perdi minhas memórias virtuais.
Há tempos não deitava e encarava a folha em branco.
Constato que minha caligrafia tem piorado.
Casa de redator...
Procuro peças de um quebra-cabeças que até agora só quebrou a minha.
Em qual pote guardei minhas risadas?
Quero borra minhas palavras com lágrimas secas, mas só consigo derramar a água do copo.
Só sei qe a dor não vem. Tomara que não tarde...


4 comentários:

CONFERENCIA disse...

é com grande honra que comento sendo o primeiro :)
estava com saudades de teus textos, são maravilhosos!!
só acho que tens de parar com o cigarro! hehe
abração e boa semana!

Thaise de Moraes disse...

Nada melhor que palavras, sejam manuscritas ou digitadas. Nada melhor do que botar pra fora,mesmo que já tenha passado. E, por fim, nada melhor que ler os teus textos. te amo. bjão

Anônimo disse...

Mar... =P
Teus textos, mesmo quando têm esta pontinha de tristeza, são sempre maravilhosos! Sabe que adoro tudo que escreves! ;D~
Já estou em Santa!
Saudade...
Abração!

Dona Fernanda disse...

eu perdi meus textos foi na memoria cerebral... gente tenho tanto sono que nao consigo escrever nada... mas olho e observo o mundo com certo ar cruel e debochado... me encanto as vezes e me torturo com um teclado que nao acentua mais... preciso de um tecnico, de um emprego pra paga-lo, de um travesseiro e uma cama fofa...